Naquela época, um decreto do imperador Augusto foi promulgado, e o evangelista começa a história do nascimento de Jesus com estas palavras, proporcionando-nos um contexto histórico e geográfico do nascimento do Senhor. Jesus não nasceu e apareceu em público num tempo indeterminado, mas pertence a um tempo exato e a um espaço geográfico indicado com precisão: o universal e o concreto se encontram em Jesus.

O decreto de Augusto, ordenando o recenseamento de todos os cidadãos, leva José, juntamente com sua esposa Maria, para a cidade de Davi. De acordo com a promessa do Profeta Miquéias, o messias deveria nascer nesta cidade.

O objetivo do censo era determinar e coletar impostos, e é por isso que José, com Maria, sua esposa grávida, vai de Nazaré a Belém. O nascimento de Jesus na cidade de Davi é colocado dentro da estrutura da grande história universal, embora o imperador nada saiba dessas pessoas simples que, por causa dele, estão viajando em um momento difícil. E assim, aparentemente por acaso, o Menino Jesus nascerá no lugar da promessa.

"Enquanto eles estavam lá, chegou a hora do parto e ela deu à luz seu filho primogênito. Envolveu-o em panos e colocou-o em uma manjedoura, porque não haviam encontrado um lugar na hospedaria”. Para o Salvador do mundo, para ele por quem tudo fora criado, não há lugar. Aquele que foi crucificado fora dos portões da cidade também nasceu fora de seus muros.

Maria colocou seu filho recém-nascido em uma manjedoura. Logo Maria envolveu o filho em panos; podemos imaginar com quanto amor ela esperava por essa hora e preparava o nascimento do seu filho.

Ele nasceu em um estábulo, em um ambiente que não era muito acolhedor, mas que de qualquer forma oferecia a discrição necessária para o evento sagrado. A manjedoura é o lugar onde os animais encontram sua comida. No entanto, agora encontra-se na manjedoura quem se indicou como o verdadeiro pão descido do céu, como o verdadeiro alimento que o homem precisa e que dá a vida eterna. Na pobreza do nascimento de Jesus, a grande realidade é delineada, a redenção dos homens é misteriosamente cumprida.

As primeiras testemunhas do grande evento são pastores que assistem. Jesus nasceu fora da cidade, em um ambiente onde havia pastagens por todos os lados e para onde os pastores levavam seus rebanhos. Era normal, portanto, que eles, estando mais perto do evento, fossem os primeiros chamados à gruta. Talvez eles tenham vivido o evento mais de perto, não apenas externamente, mas também internamente. Eles faziam parte dos pobres, das almas simples, a quem Jesus abençoaria.

O anjo do Senhor se apresenta aos pastores e a glória do Senhor os envolve com seu brilho. O anjo dissipa o medo que sentem e anuncia-lhes uma "grande alegria para todo o povo: “Hoje nasceu, na cidade de Davi, o Salvador, o Messias e o Senhor". É dito a eles para acharem como sinal um menino envolto em panos e deitado em uma manjedoura.

O anjo, nesse momento, se juntou a uma grande quantidade de anjos, que louvaram a Deus dizendo:

“Glória a Deus nas alturas, e paz na terra aos homens por ele amados.”

Os anjos, antes do nascimento do Salvador, cantam e relacionam a glória de Deus no céu com a paz dos homens na terra.

Perguntas para lembrar o texto bíblico:

Como o relato começa? O que ordenou o decreto do imperador naquele momento? Quando foi realizado o primeiro censo? O que os cidadãos devem fazer com esse procedimento? Em que cidade se encontravam José e Maria? Para onde eles estavam indo? Em que cidade Maria chegou quando deu à luz? O que acontece com o nascimento do Senhor? Onde Maria deveria colocar o menino e por quê? Para quem o anjo apareceu aquela noite? O que sentiram com a presença luminosa do anjo? Com que palavras o anjo anuncia o nascimento de Jesus? Qual é o sinal que deveriam encontrar? Com que palavras o coro dos anjos louva a Deus?

Façamos algumas perguntas para aprofundar essa Palavra de Salvação:

Vivo plenamente estes dias para os quais me preparei durante todo o tempo do Advento? Eu entendo que não pode haver lugar para a tristeza, quando a vida acaba de nascer? De que maneira Jesus nasceu dessa vez para mim?

Vivo este momento como um espectador que assiste de longe ou o vivo participando dessa alegria que é comum a toda a humanidade?

Neste dia de Natal, o que eu teria a dizer sobre Jesus? Como eu senti isso ao longo deste ano? Agora me sinto mais próximo?

Ainda hoje Jesus não encontra um lugar, da mesma maneira como quando nasceu. Quais são as atitudes ou gestos em que Jesus permanece sem lugar no coração dos homens? Meu coração tem um lugar preparado para esse Jesus que nasceu?

O que isso me diz, que eles são pastores simples e humildes a quem o nascimento de Jesus é anunciado? Eu entendo que o Salvador desde o seu nascimento procura aqueles que têm um coração simples e humilde?

Diante do nascimento de Jesus, agradeço e louvo a Deus da mesma maneira que os anjos fazem?

Obrigado Pai, que nos amou tanto que nos deu o seu Filho.

Senhor, nós te agradecemos.

Obrigado, Jesus, por se fazer criança para nos salvar. Senhor, nós te agradecemos.

Obrigado, Jesus, por trazer o amor de Deus ao mundo. Senhor, nós te agradecemos.

Senhor Jesus, vieste para nos dizer que Deus nos ama e que devemos amar os outros. Senhor, nós te agradecemos.

Senhor Jesus, vieste dizer-nos que dá mais alegria dar do que receber. Senhor, nós te agradecemos.

Senhor Jesus, vieste para nos dizer que o que fazemos aos outros fazemos para Ti. Senhor, nós te agradecemos.

Obrigado, Maria, por ter aceitado ser a Mãe de Jesus. Maria, nós te agradecemos.

Obrigado, São José, por cuidar de Jesus e Maria. São José, nós te agradecemos.

Amém

Façamos um momento de silêncio e reflexão para responder ao Senhor. Hoje damos graças por sua ressurreição e porque nos enche de alegria. Acrescentamos nossas intenções de oração.

Para o momento de contemplação, podemos repetir várias vezes este versículo do Evangelho para que vá entrando em nossa vida, em nosso coração.

“Hoje nasceu para vós o Salvador, o Messias e Senhor”

“Hoje nasceu para vós o Salvador, o Messias e Senhor”

“Hoje nasceu para vós o Salvador, o Messias e Senhor”

E assim, estamos pedindo ao Senhor para sermos testemunhas da ressurreição para os outros acreditarem.

Deve haver uma mudança notável em minha vida. Se não mudo, então, não sou um verdadeiro cristão.

Individualmente, estou decidido a ser a luz de Natal. Com o nascimento do Senhor, procuro compartilhar minha alegria e meus sentimentos, então falarei aos outros sobre a pessoa de Jesus que veio para cada um de nós, para nos salvar.

Em grupo, vamos reler o texto. Todos, como grupo, trarão a alegria de Cristo que veio até nós para despertar a esperança de que é possível viver verdadeiramente.