“Maria conservava e meditava tudo em seu coração”

Sábado da XXXIV Semana do Tempo Comum “Orem incessantemente”
dezembro 1, 2018

«Maria conservava e meditava tudo em seu coração»

Texto bíblico: Lucas 2, 16-21

Leitura: O que diz o texto?

Nesta ocasião celebramos a festa de Maria Mãe de Deus, em 1º de janeiro de cada ano. Antes de começar com um breve estudo do Evangelho deste dia, vale a pena mencionar que esta celebração já se originou desde os primeiros tempos, devido ao título concedido a Maria pela Igreja primitiva durante o Concílio de Éfeso, no ano 431, pois os cristãos tinham em sua devoção chamar Maria com este título de "Mãe de Deus".
O texto de hoje nos coloca mais uma vez no nascimento de Jesus. Os pastores de Belém são os primeiros a se aproximarem de Jesus, são considerados parte dos últimos ou do povo pobre, muitas vezes desprezados por esse motivo. A imagem dos pastores que correm para a manjedoura com a notícia do nascimento do Messias nos lembra de Maria que, da mesma forma, corre rapidamente com a notícia da gravidez da sua prima Isabel. Os pastores se apressaram, por curiosidade humana, para ver o que de tão grande havia sido anunciado a eles, cheios de esperança porque agora o Salvador, o Messias, o Senhor pelo qual o mundo inteiro estava esperando, e que eles foram os primeiros a ver, verdadeiramente nasceu.
E quando o viram, encontraram-no na manjedoura com seus pais, Maria e José. Ou seja, eles encontraram o sinal que o próprio Anjo lhes dera: encontrar um bebê envolto em panos e deitado em uma manjedoura. Este é um sinal de reconhecimento, uma descrição do que poderia ser visto. Para os pastores que viram o esplendor de Deus sobre seus campos, esse sinal é suficiente. Eles veem de dentro. E isso é o que eles veem: o que o anjo disse é verdade. Assim os pastores retornam com alegria. Eles dão glória e louvam a Deus pelo que viram e ouviram.
Maria vive profundamente estes momentos da vida de seu filho. Em contraste às reações de admiração no burburinho daqueles presentes na manjedoura, o silêncio de Maria penetra o significado do que aconteceu. Precisamente ela, a quem havia sido anunciada a grande dignidade de seu Filho há nove meses, agora, depois de longo advento, o tem diante dos seus olhos. Ela sustenta uma tensão mental, afetiva e espiritual em relação a Jesus, liga-se a ele. E também as "meditou em seu coração".
A circuncisão de Jesus está prevista dentro da lei de Israel. O oitavo dia é o da circuncisão. Assim, Jesus é formalmente acolhido na comunidade de promessas que vem de Abraão; agora legalmente pertence ao povo de Israel.
Perguntas para lembrar o texto bíblico:
Quem os pastores encontraram quando chegaram à manjedoura?
O que contaram quando chegaram? Como as pessoas reagiram a isso?
Como Maria viveu este momento da sua vida?
O que os pastores fizeram quando voltaram?

Meditação: O que Deus me/nos diz no texto?

Façamos algumas perguntas para aprofundar essa Palavra de Salvação:
O que faz os cristãos correrem quando se trata das coisas de Deus hoje? E eu me apresso para me aproximar de Jesus do mesmo modo que os pastores de Belém? Que coisas me deixam com pressa hoje, ou "vou atrás" e no final não valem a pena?
E o que eles me disseram sobre Jesus? Eu me lembro de como eu o conheci, quem foi o primeiro a me falar sobre Ele ou como entrou no meu coração? Continuo aproximando-me de Jesus e o conheço ou faço como os pastores dando testemunho de Jesus? O que me impede de falar sobre Jesus? O que posso dizer sobre Ele e de que maneira?
O que me diz a imagem de Maria que guarda tudo em seu coração? Eu também me perco na agitação que não me permite concentrar no essencial? O que devo guardar e meditar no meu coração? Gasto tempo contemplando as coisas que eu vivo diariamente ou a presença de Deus que passa pela minha vida todos os dias?
Eu vivo o louvor e ação de graças como parte da minha vida espiritual? Quais são as razões que tenho hoje para louvar a Deus? E para dar graças?

Oração: O que digo/dizemos a Deus?

Orar é responder ao Senhor que fala primeiro. Queremos escutar sua Palavra Salvadora. Esta Palavra é muito distinta do que a que o mundo nos oferece, e é o momento de dizer algo ao Senhor.
Tu, Menino Jesus, que viestes para iluminar a minha escuridão, me faz entender e saber que és Deus. Tão pequeno e tão infinito. Tão humilde e tão poderoso. Tão desconcertante e tão adequado para me fazer crescer no amor.
Tu, Senhor, que és a Paz, cura meu coração das feridas que causaram ressentimento, ódio, medo e perversidade. Preencha-me com tua paz e transforma meu coração de pedra em um coração de carne. E me faz realmente experimentar um novo nascimento na misericórdia de Deus Pai.
Eu quero ser um mensageiro da paz, um arauto da tua Palavra, Senhor. Faça presença em mim, Jesus. Suas palavras saem da minha boca como flechas de amor capazes de semear nova vida naqueles corações, tristes e sangrados. Santo Pai, quero ser a luz do mundo para que todos acreditem que enviaste o Cristo para nos salvar.
Amém.
Façamos um momento de silêncio e reflexão para responder ao Senhor. Hoje damos graças por sua ressurreição e porque nos enche de alegria. Acrescentamos nossas intenções de oração.

Contemplação: Como interiorizo ou interiorizamos a Palavra de Deus?

Para o momento de contemplação, podemos repetir várias vezes este versículo do Evangelho para que vá entrando em nossa vida, em nosso coração.

«Maria conservava e meditava tudo em seu coração»

«Maria conservava e meditava tudo em seu coração»

«Maria conservava e meditava tudo em seu coração»

E assim, estamos pedindo ao Senhor para sermos testemunhas da ressurreição para os outros acreditarem.

Ação: Como me ou nos comprometemos com Deus?

Deve haver uma mudança notável em minha vida. Se não mudo, então, não sou um verdadeiro cristão.
Individualmente, faço a leitura com cuidado. Hoje me comprometo a viver este ano novo com os pastores de Belém em mente, isto é, sempre me aproximar de Jesus, dar testemunho de sua pessoa e louvá-lo em ação de graças. Uno este plano de vida espiritual aos atos concretos de caridade.
Em grupo, nos comprometemos a ser uma comunidade coerente na maneira de viver a Fé. Por isso falamos no grupo, e pensamos se estamos vivendo a fé autenticamente como Jesus nos pede. Queremos ser como os pastores, que sendo os "últimos" são os primeiros a se aproximarem de Jesus. Como gesto de caridade, vamos fazer uma campanha no grupo, doando novos itens ou roupas para presentear quem precisa.

Créditos: http://www.cristonautas.com